Pidão
acordou pensativo, não quis falar com ninguém, seus vizinhos estranharam a
conduta do jovem intransigente que sempre acordava de bom humor zoando com a
vizinhança.
O
jovem pegou seu carro, um opala azul metálico que tinha restaurado após uma
colisão, saiu em alta velocidade, seu rosto estava permeado de angústia,
sentimento que Pidão não costumava sentir.
Após
dirigir durante duas horas, Pidão parou o carro ao lado de um muro onde havia
uma linda paisagem do céu repleto de anjos, desceu do opala e entrou por um
portão largo, onde todos os que lá estavam tinham no rosto a mesma expressão de
tristeza que o jovem, passou por um corredor florido e no final deste caiu de joelhos
e começou a chorar desesperadamente, passou a mão sobre uma lápide e descobriu
um escrito feito por ele mesmo que dizia “Glorinha, a imprudência nos separou”.
Enquanto
chorava passando a mão sobre a lápide, Pidão relembrou o triste dia em que
estava na porta da igreja esperando sua amada Glorinha para cristalizarem seu
amor através do casamento. Em vez vê-la chegando, viu uma viatura policial que
lhe trazia a notícia que a vida de sua amada tinha sido ceifada pela
imprudência de um condutor que avançou o sinal vermelho e se chocou com o Opala
azul metálico que trazia a jovem.
O dia dos namorados para Pidão se
assemelhava ao dia de Finados, pois para ele a vida perdeu o sentido após a
morte de sua amada.
Nossa solidariedade a todos os que
passarão o dia dos namorados sem seus amores por causa da imprudência de algum
condutor.
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