Foi lançada em maio de 2011 a "Década de Ação pela Segurança no
Trânsito (2011-2020)", na qual os governos se comprometeram a adotar
medidas de prevenção que viessem a reduzir os drásticos números de acidentes de
trânsito, já que estes matam cerca de 1,3 milhão de pessoas por ano.
No sétimo ano da década observamos a realidade e percebemos que nada
mudou no quesito redução de acidentes de trânsito, ao invés de notarmos uma
redução nos eventos envolvendo esse tipo ocorrência, percebemos um aumento
absurdo dos números de acidentes, principalmente envolvendo motocicletas.
Enquanto os números crescem os órgãos de trânsito se preocupam apenas em
"fazer de conta" que estão engajados no movimento, quando na
realidade apenas realizam as campanhas impostas pelo Denatran e apertam a
fiscalização com o intuito único de arrecadar.
Sabemos que a fiscalização e a consequente penalização faz parte dos
mecanismos para a redução dos índices de acidentabilidade, porém desarticuladas
dos demais instrumentais não produzem o efeito desejado.
Para termos uma mudança da atual realidade se faz necessário a
instituição do tripé Educação, Sinalização e Fiscalização, pois assim o
condutor terá consciência do porque dirigir de acordo com o descrito na
legislação, a partir da sinalização terá clareza da conduta esperada e a
fiscalização servirá para punição dos que não quiseram se educar e insistirem
em desrespeitar o CTB e a sinalização.
No "Maio Amarelo" e na "Semana Nacional de Trânsito"
muito se fala sobre os diversos aspectos da segurança viária e a necessidade de
medidas educativas, porém quando esses eventos terminam os órgãos não colocam
em prática o que se debateu durante os eventos.
Se os órgãos de trânsito continuarem não investindo na Educação para o
Trânsito, quando chegarmos em 2020, ano que marca o final da ação, perceberemos
que a "Década de Ação pela Segurança no Trânsito" terá sido uma
década perdida.
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