quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Uma década perdida?

Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2011-2020

     Foi lançada em maio de 2011 a "Década de Ação pela Segurança no Trânsito (2011-2020)", na qual os governos se comprometeram a adotar medidas de prevenção que viessem a reduzir os drásticos números de acidentes de trânsito, já que estes matam cerca de 1,3 milhão de pessoas por ano.

No sétimo ano da década observamos a realidade e percebemos que nada mudou no quesito redução de acidentes de trânsito, ao invés de notarmos uma redução nos eventos envolvendo esse tipo ocorrência, percebemos um aumento absurdo dos números de acidentes, principalmente envolvendo motocicletas.

Enquanto os números crescem os órgãos de trânsito se preocupam apenas em "fazer de conta" que estão engajados no movimento, quando na realidade apenas realizam as campanhas impostas pelo Denatran e apertam a fiscalização com o intuito único de arrecadar.

Sabemos que a fiscalização e a consequente penalização faz parte dos mecanismos para a redução dos índices de acidentabilidade, porém desarticuladas dos demais instrumentais não produzem o efeito desejado.

Para termos uma mudança da atual realidade se faz necessário a instituição do tripé Educação, Sinalização e Fiscalização, pois assim o condutor terá consciência do porque dirigir de acordo com o descrito na legislação, a partir da sinalização terá clareza da conduta esperada e a fiscalização servirá para punição dos que não quiseram se educar e insistirem em desrespeitar o CTB e a sinalização.

No "Maio Amarelo" e na "Semana Nacional de Trânsito" muito se fala sobre os diversos aspectos da segurança viária e a necessidade de medidas educativas, porém quando esses eventos terminam os órgãos não colocam em prática o que se debateu durante os eventos.

Se os órgãos de trânsito continuarem não investindo na Educação para o Trânsito, quando chegarmos em 2020, ano que marca o final da ação, perceberemos que a "Década de Ação pela Segurança no Trânsito" terá sido uma década perdida.

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